Previsão é que em dois anos região reduza 78% de lixo enviado a aterros Reunidos extraordinariamente em Guararema, na segunda (11/09), os prefeitos que compõem a Amat - Associação dos Municípios do Alto Tietê, decidiram, que deverão diminuir a destinação final para aterros convencionais em 78% em um prazo de até dois anos.
Além disso, eles vão apresentar ao Ministério do Meio Ambiente e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a decisão de implantar de duas a três Usinas de Reciclagem na região, e não uma como era a sugestão dos órgãos.
De acordo com o presidente da entidade e prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, o processo deverá ser iniciado pela coleta seletiva, principalmente pela participação ativa da população. "Para que possamos alcançar nosso objetivo, após coleta seletiva, devemos avançar no processo de triagem. Inclusive, muitos municípios de nossa região já têm os seus centros".
O próximo passo, segundo Junji, seria a implantação de uma Usina de Reciclagem, individual ou por consórcio de algumas cidades. A essa unidade deverá ser acoplada uma Usina de Compostagem, para transformação do lixo úmido em adubo orgânico e produtos.
"Coletamos dados de métodos mais modernos pela internet, inclusive visitamos o complexo do Caju e a Usina Verde do Rio de Janeiro com alguns prefeitos. Neste feriado, o secretário de Controle e Estratégia de Mogi, Aroldo da Costa Saraiva, esteve em Sapiranga – perto de Porto Alegre (RS) – para verificar a informação de que lá havia um processo simples, porém com resultados muito positivos. Isso foi apresentado aos prefeitos", explicou o presidente da Amat.
Diminuição dos resíduos
De todo o lixo retirado de residências, varejões, feiras, verde (roçadas e podas de árvores) e grande comércio, 25% são recicláveis, outros 45% podem ser transformados em adubo orgânico e 8% são de materiais inertes (restos de construção). A soma do aproveitamento chega a 78% de redução dos resíduos enviados aos aterros. Restariam somente 22%.
"No futuro, com a Usina Verde, do material restante, 20% poderão ser incinerados e gerar energia. Ou seja, somente 2% seriam descartados", ressaltou Junji. Segundo ele, esse é o avanço necessário, mas que não há data estabelecida porque precisa de muito investimento. São cerca de R$ 45 milhões para a instalação de uma unidade para tratamento de 300 toneladas diárias de lixo.
Usina Reciclagem regional
Os prefeitos da Amat deverão apresentar ao Ministério do Meio Ambiente e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a resposta oficial sobre a implantação de uma Usina Regional de Reciclagem. O projeto, desenvolvido pelo Programa Nacional de Meio Ambiente II (PNMA), foi aprovado, mas com uma sugestão.
"Chegamos à conclusão de que é mais vantajoso ter duas ou três usinas na região para facilitar o transporte do material. Não faz sentido levar os resíduos e trazer os materiais de Ferraz de Vasconcelos para Mogi, por exemplo. Além disso, ao invés de investir R$ 4 milhões em um único local, pode-se gastar cerca de R$ 600 mil em uma unidade menor, para atender à população de uma a três cidades", disse Junji Abe.
Outro detalhe que o presidente da Amat fez questão de ressaltar é a necessidade do transbordo. "É importante porque o material de três veículos podem ser depositados em um único caminhão, maior. Economiza-se no tempo, no gasto com motorista etc".
Participaram do encontro, os prefeitos André Luiz do Prado (Guararema), Benedito Rafael da Silva (Salesópolis), Roberto Pereira da Silva, o Jacaré (Biritiba Mirim), Genésio Severino da Silva (Arujá) e Roberto Marques (Poá) e os secretários municipais de Meio Ambiente de Itaquaquecetuba, Ricardo Manfred; de Controle e Estratégias de Mogi das Cruzes, Aroldo da Costa Saraiva; de Governo de Suzano, Rosenil Barros Órfão; de Obras de Guararema, José Luiz Freire e de Obras de Guarulhos, Paulo Gonçalves Souza e o chefe de Gabinete de Itaquaquecetuba, Marco Aurélio Gonçalves da Silva.
Fonte: A Semana - SP
Retirado de: http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00609/0060925aterros.htm
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