Salário do presidente pode ser reajustado em 82% A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados reuniu-se nesta quarta-feira e defendeu a paridade do salário do presidente da República com os valores recebidos pelos parlamentares, o que representa um aumento de cerca de 82%. "Parece-me razoável que o presidente da República ganhe o mesmo que deputados e senadores", defendeu Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Casa.
Segundo informações da Agência Câmara, a Mesa Diretora decidiu tomar para si a responsabilidade pelo reajuste do salário dos deputados, do presidente da República e dos ministros. Há consenso de que seja usada a variação da inflação desde o último reajuste (26,49%), passando o salário de deputados e senadores de R$ 12.847,20 para R$ 16.250,42.
O salário do presidente da República passaria dos atuais R$ 8.885,48 para os R$ 16.250,42 que seriam recebidos pelos parlamentares.
Embora já exista um projeto aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, um novo texto será discutido com o Senado e com o Executivo e irá direto à votação em plenário, assim que as seis medidas provisórias com prazo de tramitação vencido que trancam os trabalhos sejam votadas. A decisão de incluir em pauta o reajuste já havia sido tomada na terça-feira em uma reunião entre os líderes partidários.
Gabinete
A reunião da Mesa Diretora também serviu para descartar a proposta do 2º secretário, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), de reajustar a verba de gabinete de R$ 50 mil para R$ 65 mil. Em entrevista após a reunião, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou que os reajustes, tanto de verba de gabinete como da verba indenizatória, estão descartados neste momento.
Ciro Nogueira disse que não se sentiu frustrado e que cedeu aos colegas, que não consideram o momento oportuno para a medida. O 2° vice-presidente, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), ressaltou que seria "a pior hora" para um reajuste que não é bem visto pela sociedade.
Chinaglia concordou com a decisão. Para ele, o trabalho de recuperação da imagem da Câmara passa pela consciência de que essa medida seria impopular. "Nosso papel é manter a Câmara em sintonia com o que a sociedade espera de nós. Estamos buscando reconhecimento de nossas ações, e essa ação seria mal vista", avaliou.
Fonte: Redação Terra
Contribuição da nossa amiga Miriam.
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