Todos os arquivos contidos neste blog, devem ser baixados somente para TESTE, devendo o usuario APAGA-LOS e/ou COMPRA-LOS apos 24 horas. Livra-se de nossa responsabilidade os arquivos que visitantes venham a baixar e os fins para os quais utilizarao. Simplesmente apresentamos aqui, links e arquivos ja disponibilizados na internet. Tambem, nao hospedamos CDs ou programas, sejam eles de distribuicao legal ou nao. FIQUE A VONTADE E SOM NA CAIXA!!!
08 fevereiro 2008
 
"ARTIGOS" DO MATTO DENTRO
 
Decepção Ambiental

Editorial - Estado de Minas

Rever a legislação e apertar a fiscalização adiantará pouco se não avançar a postura de parte dos empresários

É uma decepção para quem já pode se orgulhar de ter desenvolvido tecnologia florestal de ponta e de ter um parque siderúrgico entre os mais atualizados do mundo a constatação de que o consumo de carvão vegetal de mata nativa em Minas Gerais ainda é expressivo e, pior ainda, continua crescendo. Incorreto, do ponto de vista ecológico, e inconveniente, por abrigar toda sorte de exploração, incluindo a do trabalho escravo, o uso em escala desse insumo não encontra mais justificativa, a não ser no atraso e no propósito inconfessável de ganhos marginais.

O manejo avançado de florestas plantadas é um dos frutos da longa tradição mineira de fundir o ferro em pequenos altos-fornos e, depois, em instalações maiores, longe do porto importador do carvão mineral. O esforço de agregação de qualidade técnica e de aumento de produtividade gerou a acumulação, por décadas, do conhecimento do eucalipto e de suas enormes possibilidades de seleção, aprimoramento para reduzir o tempo de corte e aumento da capacidade de produzir calor. Foi isso, aliás, que permitiu o desenvolvimento, em Minas, de instalações que foram além do ferro e deram origem a aciarias de médio porte movidas, a carvão vegetal, destinadas à produção de aços longos empregados na fabricação, a preços competitivos, de pregos, arames e vergalhões para a indústria da construção civil.

Como aceitar que nos últimos 10 anos foram queimados 17,3 mil quilômetros quadrados de matas nativas em troca do carvão que se imaginava ser coisa do passado, ou prática apenas residual de pequenos fornos de baixa tecnologia e reduzida condição empresarial? Só este ano, certamente vítimas da demanda crescente do mercado internacional de ferro fundido, 913 quilômetros quadrados de florestas nativas que verdejavam no território mineiro acabaram em altos-fornos. É uma estatística que, inacreditavelmente, não exclui indústrias que, mesmo tendo porte e prestígio internacional que ainda mantém elevada proporção de carvão de origem condenável.

É urgente que se dê um aperto na legislação em vigor, evidentemente permissiva, além de se providenciar um reforço na fiscalização. Mas, essas providências que se cobram do poder público não dispensam um alerta aos empresários que, como demonstram os números, ainda não entenderam que estão marchando na contramão do mundo e que, com o avanço dos sistemas de monitaramento ambiental, o país perde pontos preciosos nas avaliações internacionais, incluindo as que orientam investimentos. Sem contar, é claro, o comprometimento de nossa própria sustentabilidade.
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
   
   
   
 
 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
   
   
 
 
   
   
   
 
 
 
   
   
 
Powered by Blogger
   
 






- Copyright 2006 © - Todos os direitos reservados.
- Blix Theme para WordPress desenvolvido por Sebastian Schmieg
- Ícones desenhados por Kevin Potts
- Blix Theme adaptado ao Blogger.com por Matheus Aguilar
- Créditos: Dynamic Drive CSS library (CSS's cedidos)