Japão ameaça abandonar Comissão Baleeira Internacional
Por Folha Online
O Japão ameaçou, durante a abertura da 59º reunião da CBI - Comissão Baleeira Internacional, em Anchorage (Alasca), abandonar o organismo se não conseguir um acordo. O país propôs um termo de compromisso que foi rejeitado por países que defendem a preservação das baleias - entre eles, o Brasil.
O Japão se disse disposto a renunciar neste ano à pesca "científica" de 50 baleias jubarte se obtiver o direito para algumas de suas comunidades costeiras de pescar uma quantidade não determinada de baleias minke.
A proposta japonesa foi imediatamente rechaçada por uma coalizão de países que se opõem à pesca de baleia. O grupo é formado por Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
Grupos ambientalistas afirmam que a proposta japonesa é uma forma velada de caça comercial de baleias, mas Tóquio assegura que é apenas uma atividade de subsistência dos povos locais.
A reunião da CBI, que reúne 75 países, acontece até 31 de maio em Anchorage, a maior cidade do Estado do Alaska.
Em países em desenvolvimento, o argumento da fome tem justificado uma série de absurdos e agressões à sustentabilidade do planeta.
Raciocínio idêntico pode ser feito para o caso de economias frágeis, existentes em alguns estados brasileiros. Nos casos específicos da Amazônia e do Acre, por exemplo, a fome justifica o desmatamento e a queimada, que, paradoxalmente, irão, no médio prazo, causar fome devido ao esgotamento provocado no solo usado para os plantios.
As estatísticas demonstram que, salvo raríssimas exceções, não existe fome nas áreas rurais acreanas. Sendo assim, o que motiva o poder público, a manter a incompreensível liberação automática de três hectares anuais de desmatamento nas pequenas propriedades?
Para se ter uma idéia acerca das conseqüências nefastas dessa medida, são exatamente esses três hectares desmatados automaticamente (e, anualmente), que, ao serem multiplicados pela imensa quantidade de pequenas propriedades na Amazônia, adquirem importância crucial para o mercado madeireiro, abastecendo mais que 90% (outra cifra a ser medida) da demanda das indústrias por madeira legalizada.
É essa grandiosa área oriunda da soma dos muitos três hectares que não permite que o manejo florestal se consolide. Essa oferta periódica e permanente de madeira legalizada e de fácil acesso atrai o empresário, desestimulando-o a praticar o confuso e caro manejo florestal.
Incrível se imaginar como uma medida administrativa - pois trata-se de iniciativa do Ministério do Meio Ambiente - possa ter resistido por tanto tempo. Num sistema de regras frágeis como o que se observa na Amazônia, onde as leis, são modificadas sem muita cerimônia pelos parlamentares, como explicar a existência por quase 10 anos de um ato administrativo com tamanhas conseqüências danosas para a região e para o mundo?
Voltando ao argumento da fome, impressiona o fato - não comprovado pelas estatísticas, diga-se - de que os três hectares não são efetivamente usados para o plantio. Por sinal, o Ministério Público deveria cobrar tal informação dos órgãos de licenciamento. A pergunta a ser feita seria: Que área, do que é licenciado no âmbito dos três hectares da fome, é efetivamente plantado para matar a fome do pobre produtor?
A resposta, que todos temem e cujo enfrentamento parece não interessar a ninguém, pode desmascarar a principal justificativa para a liberação dos três hectares. O produtor rural na Amazônia, tanto aquele assentado pelo Incra, quanto o que vive em áreas florestais, como as Reservas Extrativistas, não tem condições para ampliar, a cada ano, seu plantio em três hectares.
Por outro lado, mesmo havendo uma parcela desses produtores com condições para incremento anual de três hectares na sua produção agropecuária, essa parcela não estaria, obviamente, passando fome.
Resumindo, ou o produtor não possui capital (humano e financeiro) para conseguir ampliar anualmente o seu plantio, ou, ao contrário, pode ampliar, e nesse caso trata-se de microempresário rural, estando, portanto, excluído da condição de esfomeado.
Um punhado de hectares, um simples detalhe normativo, um pequeno descuido e a floresta colocada sob um enorme risco.
* Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, especialista em Manejo Florestal, mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).
O Projeto CasaEco pretende construir uma vila totalmente ecológica
Da Redação da seção Isto é Ecológico Revista Arquitetura & Construção
Uma vila ecológica está sendo construída para a comunidade científica da Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus. Nas casas de 43 m², bambus estruturam as paredes, que serão preenchidas com barro. A arquitetura também incorpora tecnologias para captação de água de chuva e tratamento de esgoto. O Projeto CasaEco é coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e financiado pela Finep e pelo Programa de Tecnologia de Habitação. O trabalho ficará pronto em julho de 2007 e será modelo para mutirões habitacionais.
Um relatório da organização internacional Oxfam defende que os países do G8 (as sete economias mais industrializadas e a Rússia) deveriam desembolsar pelo menos US$ 40 bilhões para financiar a adaptação de países mais pobres aos tempos de aquecimento global.
A cifra, que a entidade disse ser conservadora, se baseia em um cálculo de quanto as comunidades nos países em desenvolvimento necessitarão para adaptar suas vidas ao que a ONG chama de "estresse do clima".
"As comunidades terão de construir sua resistência adotando tecnologias apropriadas e diversificando seu modo de vida para lidar com o estresse climático que vai além da dimensão da experiência humana", explicou o relatório.
"Os ministros terão de aprender a planejar e propôr orçamentos diante da incerteza do clima. Novas e velhas infraestruturas nacionais, como hospitais, reservatórios e estradas devem ser produzidas considerando o clima."
A entidade disse que serão necessários pelo menos US$ 50 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) para realizar essas adaptações, e que os países do G8 deveriam pagar 80% desse volume.
Para a Oxfam, as maiores contribuições devem vir dos Estados Unidos e da União Européia. O Brasil deveria ficar isento desta contribuição, segundo o estudo.
Choque
O texto, divulgado uma semana antes da reunião do G8 na Alemanha, estima a parte desta cifra que cada país deve assumir para financiar a adaptação.
A Oxfam classificou os países baseando-se nas responsabilidades de cada um pelas emissões de carbono a partir de 1992 (quando, na prática, todos os governos do mundo se comprometeram a lutar contra a mudança climática).
A ONG considerou ainda a capacidade de pagamento de cada país, baseada na posição que cada qual ocupa no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Segundo o ranking da Oxfam, os Estados Unidos devem arcar com a maior parte dos US$ 50 bilhões necessários: 43,7%. A União Européia deveria responder por 31,6%, disse a ONG. Outros países com contas a prestar seriam a Alemanha (7,1%), Grã-Bretanha (5,3%) e Itália (4,6%), sustenta o relatório.
O Japão, segundo a Oxfam, teria que contribuir com 12,9% dos US$ 50 bilhões anuais. O Canadá teria que dar 4,3% e a Austrália, 2,9%.
Conta
Por outro lado, a Oxfam selecionou outros países que não precisariam dar contribuições para o fundo de adaptação. O primeiro citado na lista é o Brasil, seguido da China, Índia, Rússia e África do Sul.
A entidade afirmou que os países mais pobres do mundo são os que têm menos responsabilidade pelas emissões de gases de efeito estufa, e os menos capazes de se adaptarem aos choques climáticos.
"Não se pode esperar que países em desenvolvimento paguem a conta pelo impacto dos países ricos", disse Celine Charveriat, chefe da campanha por comércio internacional justo da Oxfam.
"Os países do G8 têm duas obrigações durante os preparativos para a reunião na Alemanha: parar de causar danos (ao clima) cortando suas emissões (de carbono) para manter o aquecimento global abaixo de 2º C, e começar a ajudar os países pobres a lidarem (com a mudança climática), pagando sua parte dos US$ 50 bilhões por ano em fundos de adaptação."
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A segunda fase do programa Cidade Limpa, de combate à poluição do ar, prevê a instalação de radares com sensor antipoluição para multar veículos que emitem fumaça em excesso. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente está concluindo as normas para a licitação do aparelho e pretende lançá-la até junho. Inicialmente serão dois sensores: um móvel, para locais de grandes congestionamentos, e um fixo, que ficará numa avenida a ser definida.
O sensor será instalado no asfalto e vai mensurar o volume de poluentes por feixes de raios infravermelhos. Se a emissão ultrapassar padrões internacionais, a placa será fotografada. A secretaria ainda não definiu o valor das multas, que serão aplicadas com base na Lei de Crimes Ambientes, de 1999.
A secretaria informou que o aparelho já é usado na Europa. E divulgou a dissertação de mestrado do pesquisador Gabriel Jacondino, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 2005, segundo a qual o sensoriamento remoto de poluição foi desenvolvido na década de 80. Mas Jacondino ressaltou que o equipamento é mais eficaz para avaliar veículos leves.
"Medir o nível de poluição por esses aparelhos é complexo. É preciso levar em conta variáveis como velocidade e a marcha em que o veículo está", diz o gerente de Tecnologia do Ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Carlos Komatsu. Ele também afirmou que não sabe se a iniciativa tem amparo legal.
Reunião em Nova York enfatiza papel crucial das metrópoles no aquecimento
Por AFP
A "Conferência sobre clima das grandes cidades, C40", que reúne em Nova York delegações de metrópoles mundiais, iniciou seus trabalhos nesta teça-feira com um chamado de seu presidente, o prefeito de Londres, sugerindo a união das grandes cidades na luta contra o aquecimento global. "As cidades geram três quartos das emissões de gás carbônico; devemos fazer algo", declarou Ken Livingstone ao começar a reunião, que conta com representantes de 46 metrópoles, do Cairo a Xangai, Los Angeles, Cidade do México, Bangcoc e Paris. "Quaisquer que sejam os debates em curso em nossos governos, nossas cidades não vão esperar", acrescentou. "A mudança no clima é inegavelmente a principal ameaça ao futuro da humanidade... Não se trata de viver pior, mas de desperdiçar menos".
Livingstone, que definiu a "C40" como a "reunião mais importante" a que comparecerá neste ano, pediu pela união dos municípios e prometeu o anúncio de até quinta-feira de programas que permitam às cidades realizar "ações decisivas" para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Londres foi a anfitriã em outubro de 2005 da primeira edição da conferência de cidades, que convidou 18 metrópoles.
A reunião de Nova York foi organizada sob o patrocínio do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e da Fundação do ex-presidente americano Bill Clinton. Até quinta-feira, a conferência abordará temas vinculados à circulação, energias renováveis e eficiência econômica. Clinton deve fazer um discurso na quarta-feira para 300 delegados.
O programa que será exibido neste próximo sábado (19/05/07), contará com a participação do luthier itabirano Luiz Cássio Martins. O artesão apresentará desde os primeiros passos da fabricação de violas e violões até o resultado final, com muita "moda de viola".
A gravação contou ainda, com a presença dos violeiros itabiranos Eber Lúcio, Delsinho e do próprio Luiz Cássio.
O programa Terra de Minas vai ao ar sempre aos sábado, às 11h55, na Globo Minas.
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Cientistas anunciam descoberta de planeta teoricamente habitável
Por AFP
PARIS - Na ficção cinematográfica, o simpático E.T. familiarizou os terráqueos com a idéia de que talvez existam outros mundos habitados fora do sistema solar, uma possibilidade que agora toma corpo com a insólita descoberta de um planeta semelhante à Terra com condições de abrigar vida a meros 20,5 anos-luz de distância.
O planeta extra-solar, que seus descobridores batizaram de Super Terra, apresenta composição e temperatura que "permitem especular sobre a eventual existência de vida extraterrestre", segundo o comunicado do Centro Nacional de Pesquisas (CNRS) da França, que participou desta surpreendente descoberta junto com astrônomos de Portugal e da Suíça.
Para que um planeta seja habitável, pelo menos de acordo com os parâmetros que usam a Terra como referência, ele deve reunir condições tão específicas que até agora nenhum havia sido encontrado fora do sistema solar.
Uma das mais determinantes é a presença de água em estado líquido. No caso da Super Terra, a temperatura oscilaria "entre 0 e 40 graus Celsius, o que significa a possibilidade de haver água líquida em sua superfície", afirmou o principal autor do estudo, Stéphane Udry, de Genebra.
Além disso, sua massa deve ser leve. A do novo planeta é cinco vezes maior que a da Terra - mas está distribuída por um volume 3,5 vezes maior, o que permite aos cientistas acreditar que apresente constituição rochosa, ou que sua superfície esteja coberta por um oceano. A gravidade na superfície é 2,2 vezes superior à da Terra e seu raio é 1,5 vezes maior.
Existe ainda um terceiro fator decisivo para que o planeta possa ser considerado habitável: a distância que o separa de sua estrela.
O exoplaneta, o menor já encontrado fora do sistema solar, "se encontra 14 vezes mais perto da estrela Gliese 581 do que está a Terra do Sol, motivo pelo qual leva apenas 13 dias para completar sua órbita", informa o comunicado do Observatório Austral Europeu (ESO) de La Silla, no Chile, onde a descoberta foi feita com a ajuda de um espectrógrafo HARPS.
Trata-se, no entanto, de um astro diferente. A Gliese 581 é uma estrela-anã vermelha, muito menor e mais fria que o Sol. Isso explica porque, apesar da proximidade da Super Terra com a estrela, a água possa existir em estado líquido sem que se evapore. Por essa mesma razão, é possível dizer que o novo planeta está situado na "zona habitável" no que diz respeito a sua estrela.
Essa incrível novidade representa um enorme passo para as pesquisas que investigam se há de fato vida em outros planetas. "Cruzamos a fronteira. Demostramos ser capazes de encontrar planetas que apresentem condições para a vida. Deve ser o primeiro de uma série" de descobertas, prevê o astrônomo francês Xavier Bonfils, da Universidade de Lisboa.
"Devido à temperatura e à relativa proximidade com a Terra, é bem provável que este planeta se torne um objetivo muito importante das futuras missões espaciais dedicadas à busca de vida extraterrestre", afirmou outro autor do estudo, Xavier Delfosse.
Essa combinação de circunstâncias favoráveis deixam no ar uma pergunta: haverá inteligência nesse novo mundo?
Obter uma resposta levaria quatro décadas. Como as ondas eletromagnéticas se propagam na velocidade da luz e o planeta está a 20,5 anos-luz de distância, uma mensagem enviada por nós levaria 20,5 anos para chegar, e uma eventual resposta outros 20,5.
Por esse motivo é mais do que provável que a Gliese 581 faça parte, posteriormente, das estrelas prioritárias do programa SETI (Busca de Inteligência Extraterrestre, na sigla em inglês), que esquadrinha com radiotelescópios as ondas radiofônicas que cruzam o espaço, analisadas por milhares de computadores conectados através da internet.
O que se pode afirmar é que as lentes humanas conseguiram captar o que pode ser um planeta que guarda enorme parentesco com a Terra. Não se sabe de que tipo, nem se conhece a matéria de que estaria formada a vida neste novo mundo. Mas não restam dúvidas de que não precisa ser à imagem e semelhança da que conhecemos.