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29 setembro 2006
 
"PERSONAGENS" DO MATTO DENTRO
 
ATÉ HOJE EU NÃO SEI PORQUE ESSE CARA NUM FOI PRESO AINDA...

 
 
"COLUNAS" DO MATTO DENTRO
 
Porque são pobres, nordestinos e negros

Maria Inês Nassif

Talvez por embutir um corte social no eleitorado inédito, este processo eleitoral transborda preconceitos. Primeiro, a análise do fenômeno sociológico do voto do pobre, descolado de formadores de opinião, derivou para o preconceito do "voto vendido" por um prato de comida, simbolizado pelo Bolsa Família. Depois, o voto nordestino foi colocado no mesmo saco do coronelismo, como se tivesse ocorrido uma negociação individual desse eleitor com o candidato a presidente. Agora, entrou em cena o voto dos negros (que, nas pesquisas, são a soma dos pretos e pardos). A última conclusão, derivada da pesquisa do Ibope da semana passada, é que os negros dão menos importância à ética que os brancos - e por isso tenderiam a eleger, em sua maioria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Se a elite brasileira não jogar fora seus preconceitos, será difícil entender o que ocorre nessas eleições. Falta enxergar um pouco a realidade social desse país. A começar pela realidade dos negros, entre eles, em especial, dos pretos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2005, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir da PNAD 2004 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), os negros representam 48% da população, mas são 66,6% dos 10% mais pobres e 15,8% dos 1% mais ricos. Os trabalhadores negros recebem cerca de 2 salários mínimos por mês, enquanto os brancos ganham 3,8 salários, em média. A taxa de analfabetismo dos negros é de 16%, mais do que o dobro da dos brancos, de 7%.

Isso não é tudo. A personificação do preconceito embutido na avaliação do voto do negro são as estatísticas de morte pela polícia. Segundo pesquisa de Marcelo Paixão, da ONG Fase, em 2001, enquanto os pretos representavam 11% da população do Rio, eram 32,5% dos mortos pela polícia; os pardos, que eram 34% da população do Estado, representavam 21,8% dos mortos pela polícia; e os brancos, 54,5% da população, eram 19,7% dos mortos pela polícia. O levantamento foi feito entre janeiro de 1998 e setembro de 2002 e os dados populacionais são do Censo de 2000. Segundo estudo coordenado pelo sociólogo Ignacio Canno para o Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2005, a taxa de homicídio de negros , entre janeiro de 1993 e julho de 1996, era 1,9 vez maior que a dos brancos.

Por esse quadro, não precisa ser um especialista para concluir que a população negra está mais exposta aos benefícios do Bolsa Família e do aumento do poder de compra do salário mínimo. Ainda assim, dado o grau de pobreza do negro - além de 64% dos pobres, representam 68% dos indigentes, segundo números de 2001 - não parece que a situação dada seja totalmente satisfatória: 25% dos negros entrevistados pelo Ibope na semana passada se diziam insatisfeitos em relação à vida que levam, contra 21% dos brancos; 62% dos pretos se declararam satisfeitos, contra 69% dos brancos.

Processo eleitoral transborda preconceitos

Na sondagem de intenção de voto, não parece que as preferências dos pretos se descolem dos índices dos mais pobres: na pesquisa espontânea, o presidente Lula teria 60% dos votos dos pretos entrevistados; entre todos que ganham até um salário mínimo, captaria 67% dos votos, e 54% entre os que ganham de 1 a 2 salários mínimos. Segundo a pesquisa, 64% dos negros aprovam a maneira como Lula conduz o país e 62% dos pardos também - contra 48% dos brancos. Os negros aprovam mais a administração Lula porque são negros, ou porque são pobres? Entre os entrevistados que ganham até 1 salário mínimo, 68% dizem que aprovam; dos que ganham de 1 a 2 salários mínimos, 59% responderam a mesma coisa. No Nordeste, 72% dos entrevistados afirmaram que aprovam a maneira como Lula vem administrando o país. Responderam isso porque são pobres, negros ou nordestinos? E o que a pergunta embute? A forma de administrar o país é qual?

Depois de perguntar em quem o entrevistado votou no segundo turno das eleições de 2002, o Ibope formula a seguinte pergunta: "Você votaria ou não votaria em um político acusado de corrupção, ou citado em algum caso de corrupção?". Respondem que votariam 7% dos brancos, 11% dos pretos e 8% dos pardos - o que, na linguagem de pesquisa, estaria dentro da margem de erro. À pergunta de qual o partido mais ético, o PT ganhou, com 18% - no Nordeste, 28% dos entrevistados tinham essa opinião; 26% dos negros e 19% dos pardos achavam a mesma coisa. Por que acham isso? Porque são pretos, pobres ou nordestinos? O PT ganhou também no quesito "menos ético": 31% dos entrevistados consideraram assim - no Nordeste e na faixa de renda familiar de até um salário mínimo, essa opinião decresce para 21% dos entrevistados. Entre os brancos, 34% acham que o PT é o partido mais corrupto; entre os pretos, 23% e, entre os pardos, 28%. Se pretos e pardos votam em sua maioria em Lula, e se consideram menos que os brancos que o PT é corrupto - e mais que os brancos que o PT é menos corrupto - por que então a conclusão de que Lula tem mais votos dos negros porque eles têm menos apego à ética?

Se a elite brasileira aprendeu só esse tortuoso travo racial de um processo eleitoral que é rico pelo que ele tem de novo, pobre deste país. Mais pobre que os pobres, os pretos e os nordestinos. Seria o caso dessa elite começar a tentar responder outras perguntas. A primeira delas é: por que ocorreu um corte social tão profundo nessas eleições? A segunda: por que os partidos não acompanharam esse movimento, muito pelo contrário, acabaram por facilitar a personalização desse corte na figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? A última: por que a elite, em vez de fazer a reflexão sobre a realidade social do país, assume um discurso que pretende criminalizar a pobreza por uma escolha democrática? A escolha do pobre não é crime. Reflete anseios, um descaso secular, uma distância profunda dos ricos. É uma escolha racional.

Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras

Fonte: http://www.valoronline.com.br/
 
 
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28 setembro 2006
 
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"SORRINDO" PELO MATTO DENTRO
 
ESSA MONTAGEM REPRESENTA, EM DUAS FRASES, O SENTIMENTO ANTI-IMPERIALISTA E O DESESPERO DE QUEM COMANDOU O MUNDO NOS ÚLTIMOS 100 ANOS E AGORA SE VÊ ENCURALADO, COMO UM DOS PAÍSES MAIS DEPENDENTES DO MUNDO.

O QUE VAI ACONTECER COM O MUNDO A PARTIR DE AGORA, SABENDO QUE OS E.U.A PRECISAM DE QUASE TUDO DE FORA PARA MANTEREM-SE COMO A MAIOR POTÊNCIA DO MUNDO? VAMOS VENDER TUDO QUE TEMOS, PARA QUE QUANDO ESTIVERMOS DESENVOLVIDOS ENTREMOS NA MESMA SITUAÇÃO?
AFINAL, JÁ TERÍAMOS VENDIDO TUDO...

 
 
"DESESPERO" DO MATTO DENTRO
 
Previsão é que em dois anos região reduza 78% de lixo enviado a aterros

Reunidos extraordinariamente em Guararema, na segunda (11/09), os prefeitos que compõem a Amat - Associação dos Municípios do Alto Tietê, decidiram, que deverão diminuir a destinação final para aterros convencionais em 78% em um prazo de até dois anos.

Além disso, eles vão apresentar ao Ministério do Meio Ambiente e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a decisão de implantar de duas a três Usinas de Reciclagem na região, e não uma como era a sugestão dos órgãos.

De acordo com o presidente da entidade e prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, o processo deverá ser iniciado pela coleta seletiva, principalmente pela participação ativa da população. "Para que possamos alcançar nosso objetivo, após coleta seletiva, devemos avançar no processo de triagem. Inclusive, muitos municípios de nossa região já têm os seus centros".

O próximo passo, segundo Junji, seria a implantação de uma Usina de Reciclagem, individual ou por consórcio de algumas cidades. A essa unidade deverá ser acoplada uma Usina de Compostagem, para transformação do lixo úmido em adubo orgânico e produtos.

"Coletamos dados de métodos mais modernos pela internet, inclusive visitamos o complexo do Caju e a Usina Verde do Rio de Janeiro com alguns prefeitos. Neste feriado, o secretário de Controle e Estratégia de Mogi, Aroldo da Costa Saraiva, esteve em Sapiranga – perto de Porto Alegre (RS) – para verificar a informação de que lá havia um processo simples, porém com resultados muito positivos. Isso foi apresentado aos prefeitos", explicou o presidente da Amat.
Diminuição dos resíduos

De todo o lixo retirado de residências, varejões, feiras, verde (roçadas e podas de árvores) e grande comércio, 25% são recicláveis, outros 45% podem ser transformados em adubo orgânico e 8% são de materiais inertes (restos de construção). A soma do aproveitamento chega a 78% de redução dos resíduos enviados aos aterros. Restariam somente 22%.

"No futuro, com a Usina Verde, do material restante, 20% poderão ser incinerados e gerar energia. Ou seja, somente 2% seriam descartados", ressaltou Junji. Segundo ele, esse é o avanço necessário, mas que não há data estabelecida porque precisa de muito investimento. São cerca de R$ 45 milhões para a instalação de uma unidade para tratamento de 300 toneladas diárias de lixo.

Usina Reciclagem regional

Os prefeitos da Amat deverão apresentar ao Ministério do Meio Ambiente e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a resposta oficial sobre a implantação de uma Usina Regional de Reciclagem. O projeto, desenvolvido pelo Programa Nacional de Meio Ambiente II (PNMA), foi aprovado, mas com uma sugestão.

"Chegamos à conclusão de que é mais vantajoso ter duas ou três usinas na região para facilitar o transporte do material. Não faz sentido levar os resíduos e trazer os materiais de Ferraz de Vasconcelos para Mogi, por exemplo. Além disso, ao invés de investir R$ 4 milhões em um único local, pode-se gastar cerca de R$ 600 mil em uma unidade menor, para atender à população de uma a três cidades", disse Junji Abe.

Outro detalhe que o presidente da Amat fez questão de ressaltar é a necessidade do transbordo. "É importante porque o material de três veículos podem ser depositados em um único caminhão, maior. Economiza-se no tempo, no gasto com motorista etc".

Participaram do encontro, os prefeitos André Luiz do Prado (Guararema), Benedito Rafael da Silva (Salesópolis), Roberto Pereira da Silva, o Jacaré (Biritiba Mirim), Genésio Severino da Silva (Arujá) e Roberto Marques (Poá) e os secretários municipais de Meio Ambiente de Itaquaquecetuba, Ricardo Manfred; de Controle e Estratégias de Mogi das Cruzes, Aroldo da Costa Saraiva; de Governo de Suzano, Rosenil Barros Órfão; de Obras de Guararema, José Luiz Freire e de Obras de Guarulhos, Paulo Gonçalves Souza e o chefe de Gabinete de Itaquaquecetuba, Marco Aurélio Gonçalves da Silva.

Fonte: A Semana - SP

Retirado de: http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00609/0060925aterros.htm
 
 
"COLUNAS" DO MATTO DENTRO
 
O Papa e o Islã. O Papa errou


"Não há choque religioso, mas imperialista", diz Tariq Ali.

Em entrevista exclusiva ao G1, o escritor paquistanês Tariq Ali diz que questões políticas causaram os protestos contra Bento XVI.

Por Daniel Buarque - 20/09/2006

Os protestos do mundo islâmico por conta das declarações do Papa Bento XVI relacionando o Islã à violência vão muito além da questão religiosa, segundo a avaliação do escritor paquistanês Tariq Ali. Em entrevista exclusiva ao G1, direto de Londres, por telefone, ele diz se tratar de mais um dos efeitos do imperialismo dos Estados Unidos, e que a reação violenta vem de uma civilização ferida por anos, sendo o ataque do Papa apenas mais um dos estopins.

"Não estamos vivendo um choque de religiões, mas uma guerra imperialista para impor a hegemonia norte-americana. Esse não é basicamente um conflito religioso", disse. "Acontece que o povo islâmico está assentado em terras ricas em petróleo. Se fossem os hindus que vivessem na mesma região, estaríamos presenciando um conflito contra eles, e não contra o Islã."

Ateu declarado, Tariq Ali é um dos mais destacados pensadores de esquerda da atualidade na Inglaterra. Escritor, historiador e intelectual político, é, junto ao norte-americano Noam Chomsky, o principal porta-voz do discurso anti-imperialista.

Nesta entrevista, ele faz referência à reação de grupos muçulmanos em todo o mundo decorrentes da palestra de Bento XVI proferida na Alemanha na semana passada. Naquela ocasião, o Papa citou o imperador bizantino Manuel II, do século XIV, segundo quem Maomé havia trazido coisas "apenas más e desumanas, como sua ordem para difundir pela espada a palavra da fé que ele pregava".

"O Ocidente tem sido cada vez menos tolerante com os países islâmicos, atacando e ocupando seu território, independentemente do que quer o seu povo. É preciso ver que a reação, que dizem ser violenta, vem de uma civilização ferida, constantemente sendo atacada", afirma Ali.

Para ele, quem realmente causa o conflitos atuais é o presidente dos Estados Unidos e sua política externa. "O verdadeiro ‘Papa’ do planeta hoje é o que vive na Casa Branca. Se ele diz que preto é branco, a maior parte do mundo vai concordar com ele e passar a dizer que preto é branco", disse, apontando uma força mais forte que a própria religião, ligada aos Estados Unidos. "O fundamentalismo imperial americano é aceito por pessoas em todo o planeta sem que haja críticas."

Segundo ele, é contra essa visão hegemônica que os islâmicos realmente se levantam. E um pedido de desculpas do Papa não faria grande diferença, já que o grande problema é que a violência acaba sendo a única forma de expressão encontrada pelas massas islâmicas, que não se sentem representadas por nenhuma voz, que responda ao debate aberto pelo Papa.

"Os líderes islâmicos são incapazes de responder ao Papa em público. Se houvesse apenas um que rebatesse as idéias do Papa, que mostrasse publicamente a violência praticada pelo catolicismo no passado, não teríamos o resultado de protestos apenas através da violência."

Ali acha que o Papa fez um ataque proposital, a fim de deixar clara a mudança no Vaticano ocorrida desde que assumiu o lugar antes ocupado por João Paulo II. "Este papa é extremamente bem-organizado, muito cuidadoso. Ele definitivamente não faz nada por acaso. Não acredito que a referência que ele fez ao islã tenha sido um acidente. Foi proposital. Ele quis dizer o que disse. Foi a forma que ele encontrou de mostrar que seu papado ia ser diferente do anterior, quando houve um contato pacífico entre as duas religiões."

"O problema é que ele foi bobo e não pensou em todos os efeitos que suas declarações poderiam ter", completa, analisando que muito da política do Vaticano vai precisar ser revista a partir da reação do mundo às declarações de Bento XVI.

Questionado se os conflitos decorrentes das declarações do Papa não confirmariam a ligação do Islã com a violência, Ali reconhece que é uma interpretação possível, mas volta a alegar que a resposta vem de um povo ferido e com raiva.
"A razão para tanta violência é que as pessoas no mundo islâmico estão com muita raiva da situação em que vivem. O Ocidente está atacando seus países, há soldados americanos em suas cidades e isso os enfurece."

Indignado com as declarações do Papa, Ali publicou na segunda-feira (18) o artigo "Insultos Papais", em que faz uma crítica teológica dos argumentos defendidos por Bento XVI. Publicado no site da revista "Countercurrents" (veja aqui, em inglês), o texto enaltece a separação entre a questão política e a religiosa. Nele, Ali rebate as declarações do Papa mostrando que toda religião tem sua cota de violência na história da humanidade.

"O Papa está errado em suas declarações, basta olhar para o passado da Igreja Católica, o que eles fizeram com a imposição da Inquisição, a caça aos dissidentes e as lutas históricas dos católicos contra os judeus e os protestantes. Como ele quer discutir religião apontando os erros de uma delas sem olhar para o passado violento do próprio catolicismo. Historicamente o islamismo é muito mais pacífico de que o catolicismo", disse, na entrevista.

Fonte: http://www.debrasilia.com/index2.php?pag=ver_noticia&cod_noticia=5662
 
27 setembro 2006
 
"PERSONAGENS" DO MATTO DENTRO
 
Pronunciamento do Sen. Jefferson Peres, do Amazonas, em 30.08.2006 no plenário do Senado Federal.

Jefferson Peres (PDT-AM)
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Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, depois de uma longa ausência de algumas semanas, volto a esta Tribuna para manifestar o meu desalento com a vida pública deste País.

Gostaria de estar aqui discutindo, a respeito das riquezas naturais do Brasil, e não como falarei, sobre algo muito pior: a dilapidação do capital ético deste País.

Senador José Jorge, poderíamos não ter um barril de petróleo nem um metro cúbico de gás, mas poderíamos ser uma das potências mundiais em termos de desenvolvimento.

O Japão não tem nada. Não tem petróleo, gás ou riquezas minerais. A Coréia do Sul também não tem nada disso, e nos dá um banho em termos de desenvolvimento não apenas econômico, mas também humano.

O que está faltando mesmo a este País e sempre faltou é uma elite dirigente com compromisso com a coisa pública, capaz de fazer neste País o que precisaria ser feito: investimento em capital humano.

Vejam que País é este. Estamos aqui com seis Senadores em pleno mês de agosto, porque estamos em recesso branco. Por que não se reduz a campanha eleitoral a trinta dias e transfere-se o recesso de julho para setembro? Nós ficaríamos com o Congresso aberto, de Casa cheia, até 31 de agosto. Faríamos trinta dias de campanha em recesso oficial, remunerado.

Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio, este é o País do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês, recebendo, sem fazer nada "para o Congresso Nacional, pelo menos". Como se ter animação em um País como este com um Presidente que, até poucos meses atrás, era sabidamente "como o é" um Presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste País e este Presidente está marchando para ser eleito, talvez, em primeiro turno? É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquete em qualquer lugar deste País, todos concordarão, ou a grande maioria, que o Presidente sabia de tudo. Então, votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não. Parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira. Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte.

Democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância. Isso vem até da classe dos intelectuais, dos artistas. Que episódio deplorável aquele que aconteceu no Rio de Janeiro semana passada! Artistas, numa manifestação de solidariedade ao Presidente, com declarações cínicas, desavergonhadas! Um compositor dizer que "política é isso mesmo, fez o que deveria fazer", o outro dizer que "política é meter a mão na m...!" Um artista, em qualquer país do mundo, é a consciência crítica de uma nação. Aqui é essa, é isso que é a classe artística brasileira, pelo menos uma grande parte dela, é o povo conivente com isso.

E pior, pior ainda: os artistas estão fazendo isso em interesse próprio, porque recebem de empresas públicas contratos milionários - isso é a putrefação moral deste País - , e o povo vai reconduzir o Presidente porque "política é isso mesmo".

Tenho quatro anos de Senado. Não me candidatarei em 2010, não quero mais viver a vida pública. Vou cumprir o mandato que o povo do Amazonas me deu, não vou silenciar. Ele pode ser eleito com 99,9%. Eu estarei aí na tribuna dizendo que ele deveria ter sido mesmo destituído.

O que ele fez é muito grave. É muito grave. Curvo-me à vontade popular, mas não sem o sentimento de profunda indignação. A classe política já nem se fala, essa já apodreceu há muito tempo mesmo. Este Congresso que está aqui, desculpem-me a franqueza, é o pior de que já participei. É a pior legislatura da qual já participei. Nunca vi um Congresso tão medíocre. Claro, com uma minoria ilustre, respeitável, a quem cumprimento. Mas uma maioria, infelizmente, tão medíocre, com nível intelectual e moral tão baixo, eu nunca vi. O que se pode esperar disso aí? Não sei. Eu não vou mais perder o meu tempo. Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Não teria justificativa dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não!

Um País que tem um Congresso desse , que tem uma classe política dessa, que tem um povo... dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso? É lamentável. E que sabe. Não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não. É parte da elite, inclusive intelectual. Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores. Vou continuar nessa vida pública? Para quê, para mim, chega!

Vou continuar pelejando pelos jornais e por todos os meios possíveis, mas, como ator na vida política e na vida pública deste País, depois de 2010, não quero mais! Elejam quem vocês quiserem! Podem chamar até o Fernandinho Beira-Mar e fazê-lo Presidente da República - ele não vai com o meu voto, mas, se quiserem, façam-no.

O meu desalento é profundo. Deixo isso registrado nos Anais do Senado Federal. Infelizmente, eu gostaria de estar fazendo outro tipo de pronunciamento, mas falo o que penso, perdendo ou não votos "pouco me importa." Aliás, eu não quero mais votos mesmo, pois estou encerrando a minha vida pública daqui a quatro anos, profundamente desencantado com ela.

Muito obrigado Sr. Presidente.
 
 
Mais uma da ditadura capitalista burguesa...
 
Além do Sesc ser do povo, é um simbolo da resistência, valor da cultura e sobrevivência de um povo carente de aprendizagem, mas com uma gama muito alta de cultura para o conhecimento de nossas crianças! "eu já fiz é rapidinho!! Talvez alguns de vcs já saibam, talvez não. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que reduz a arrecadação financeira do SESC. Esse projeto vai ser votado no Senado no dia 3 de outubro. Se for aprovado, compromete significativamente a atuação do Sesc em nível nacional. Isso quer dizer menos teatro, menos música, menos dança, menos exposições, menos esporte, menos lazer, menos tudo o que o Sesc faz. Já existe uma emenda a esse projeto de lei que mantém seus pontos positivos mas preserva a fonte de receita do Sesc. Com tanta coisa que dá errado no país, com tanto dinheiro desperdiçado por nada, os ilustres congressistas querem acabar com uma das instituições que mais tem contribuído para a cultura no Brasil. Se vc gosta do Sesc, se vc frequenta o Sesc, se vc já trabalhou com o Sesc, se vc usa os serviços oferecidos pelo Sesc há um meio de ajudar: escrevendo aos senadores e pedindo o apoio à Emenda que altera o projeto de lei. No site do Sesc São Paulo (http://www.sescsp.org.br/) há um link para fazer isso de forma simples. Visite o site e acesse o link, não leva mais que 1 minuto para preencher seus dados em uma carta que será encaminhada ao Senado. Divulguem a ação. Não deixemos que essa burrice seja praticada por políticos inescrupulosos.
Maíra Rodrigues
 
 
ROLLING STONES
 
The Rolling Stones
Rock and Roll Circus



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THE CLASH
 
London Calling
25th anniversary edition (2006)


PARTE 01
PARTE 02

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26 setembro 2006
 
RALLY - Graciosa 2006
 
Cenas das passadas de alguns carros pela SS Caulin e no salto da ponte.

Vale a pena ver a escapada do Ford Ka em dois angulos diferentes e em camera lenta...muito bom!!

Sem falar da presença de Marcos Tokarski e o Vander Segatti!!
 
 
THE DOORS
 
The doors (1967)


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Strange Days (1967)


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Waiting For The Sun (1968)


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The Soft Parade (1969)


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The Morrison Hotel (1970)


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L.A. Woman (1971)


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MADELEINE PEYROUX III
 
Madeleine Peyroux (with William Galison)
Got You on My Mind



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DISCOGRAFIA
 
BAIANO E OS NOVOS CAETANOS

Em nome da memória da MPB


Chico Anísio costuma dizer que gostaria de ser reconhecido como um escritor que faz humor. Uma pena. Se ele preferisse pelo menos ser reconhecido como um escritor que faz música, o Brasil ainda poderia reverenciar a crítica bem-humorada e a deliciosa música regional que o autor de Rio Antigo (ao lado de Nonato Buzar) e outro comediante, Arnauld Rodrigues, faziam na dupla Baiano & Os Novos Caetanos.

Nascida nos anos 70 como uma sátira ao tropicalismo, a dupla formada por Baiano e Paulinho (personagens de Chico Anísio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no humorístico "Chico City") trazia em suas músicas letras divertidas e engajadas e um instrumental de primeira, com belos arranjos de violões, sanfonas e cavaquinhos, entre outros instrumentos. Clássicos como Vô Batê Pá Tu, que fala das delações na ditadura, e Urubu Tá com Raiva do Boi, uma crítica à situação econômica do país e ao falso "milagre econômico brasileiro", fizeram de Baiano & Os Novos Caetanos um nome significativo no universo do samba-rock e da música rural.

Quase três décadas depois, a Cid mata a saudade dos fãs reeditando o primeiro álbum da dupla, auto-intitulado, lançado pela própria gravadora em 1974 e relançado em 1994 no formato CD. O disco faz parte da série A Arte de..., que traz de volta ao mercado CDs de grandes artistas da MPB que estavam fora de catálogo. "Baiano & Os Novos Caetanos lembra a minha infância. Muitas pessoas, como eu, gostam de discos antigos, mas é difícil encontrá-los. Por isso lançamos essa série", explica André Teixeira, de 26 anos, produtor artístico da Cid.

Fonte do texto: http://www.universomusical.com.br/

 
 
"ARTIGOS" DO MATTO DENTRO
 
Reciclagem: mercado consolidado

Thiago Romero / Agência Fapesp
25/09/2006

Pelo quinto ano consecutivo, o Brasil permaneceu na liderança do ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio. Em 2005, foram reaproveitadas 96,2% das latas usadas, com um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior. O país atingiu a marca de 127,6 mil toneladas de latas recicladas por ano.

Os dados estão no ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio divulgado pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas).

O ranking reforça a crescente preocupação com a reciclagem em vários países. O Japão, por exemplo, aumentou o índice de reciclagem de 86,1%, em 2004, para 91,7%, em 2005. O país reaproveita cerca de 110 mil toneladas de latas por ano e está atrás apenas do Brasil, onde o processo tem forte motivação econômica devido ao preço de revenda do produto.

"Embora ainda não tenhamos leis que obriguem a reciclagem, o Brasil há 15 anos tem um mercado totalmente consolidado. São mais de 7 mil postos de compra de sucata em todo o país, que movimentaram em 2005 mais de R$ 400 milhões apenas na fase de coleta, a primeira etapa da cadeia produtiva", disse José Roberto Giosa, coordenador da Comissão de Reciclagem da Associação Brasileira de Alumínio, à Agência FAPESP. De acordo com ele, atualmente mais de 160 mil pessoas vivem exclusivamente da coleta de latas de alumínio no Brasil.

Além do mercado consolidado, outros fatores também contribuem para que o Brasil registre o maior índice mundial de reciclagem desde 2001, entre eles a maior profissionalização das cooperativas de catadores, a continuidade dos programas de educação ambiental mantidos pela indústria e, principalmente, a crescente adesão da classe média em todo o país. Levantamento realizado pelo setor mostra que, entre 2000 e 2005, a participação de condomínios e clubes na coleta de latas usadas passou de 10% para 24%.

"Finalmente, a reciclagem deixou de ser moda para virar um modo de vida civilizado. Como a classe média aderiu a esse mercado, temos o que chamamos de efeito demonstração, ou seja, outros segmentos sociais são atraídos para esse mercado, garantindo um maior volume de latas para as cooperativas de catadores", explica Giosa.

Nos últimos anos, o índice de reciclagem no Japão cresceu, em média, apenas 1 ponto percentual. O que explica o aumento de 5,6 pontos no ano passado é o alto investimento feito pelo governo japonês, sobretudo na região de Tóquio, com a instalação de máquinas automáticas de reciclagem em estações de metrô e rodoviárias. Basta o cidadão inserir as latas para retirar um vale-compra.

"Foram mais de US$ 50 milhões investidos nesse tipo de máquina em 2005. Além disso, o poder público está preparando um pacote de leis para tornar a reciclagem de latas obrigatória no Japão, a exemplo do que já ocorre em alguns países europeus e em 11 estados norte-americanos", disse.

Os números divulgados pela Abal e pela Abralatas mostram ainda o crescimento do desempenho nos Estados Unidos (de 51% para 52%) e Europa (de 48% para 52%). A valorização do alumínio no mercado internacional foi o principal fator desse crescimento: a elevação dos preços da matéria-prima aumentou a procura por sucata de latas, principalmente pelas indústrias automotiva e siderúrgica.

"É preciso ressaltar que o mercado norte-americano, por exemplo, é dez vezes maior do que o brasileiro. Os Estados Unidos produzem cerca de 100 bilhões de latas de alumínio para consumo e reciclam 52% desse volume. O Brasil fabrica bem menos, 10 bilhões de latas, mas recicla 96,2%", aponta Giosa.

Mais informações: www.abal.org.br

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/
 
 
"DICAS" DO MATTO DENTRO
 
Rally Universitário FIAT

Estão abertas as inscrições para o Rally Universitário Fiat. A largada e a chegada do evento acontecerão num amplo espaço do Expominas, que fica na Rua Amazonas, 6020, no Bairro da Gameleira. Esperamos contar com sua participação na prova de Belo Horizonte do Rally Universitário Fiat, que acontecerá no dia 08 de outubro, em Belo Horizonte.

Para se inscrever, basta doar 03 latas de leite em pó integral e 1 livro por pessoa. Caso a dupla conduza um "Zequinha" (carona maior de 16 anos), este deverá doar mais 03 latas de leite em pó integral e um livro. O material arrecadado nas inscrições será doado a uma entidade carente que será indicada pela própria Prefeitura Municipal da cidade.

Foto: Digocamilo - Campeonato Mineiro de Rallye - Mariana/MG - 25/06/2006

Para confirmar a participação cada competidor (piloto / navegador / Zequinha) deverá apresentar um documento de identidade e entregar as doações. O piloto deverá apresentar a carteira de habilitação e o universitário da equipe deverá mostrar um comprovante de matrícula em um centro de ensino superior. Feita a inscrição, cada participante recebe um kit competição (camisetas e adesivos). Cada carro será vistoriado pelos comissários da Federação de Automobilismo Local. Às 18h00, dia 7 sábado, terá início a aula de navegação gratuita.

No domingo, dia da prova, antes da largada, as equipes receberão, durante o briefing, a planilha de navegação.

PARA MAIS INFORMAÇÕES: http://www.exclusive.com.br/rally/
 
 
"ATITUDE" NO MATTO DENTRO
 
ESTA CARTA FOI DIRECIONADA AO BANCO BRADESCO, PORÉM DEVIDO A CRIATIVIDADE COM QUE FOI REDIGIDA, DEVERIA SER DIRECIONADA A TODAS AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.

TEMOS QUE PRESTAR REVERÊNCIA A CRIATIVIDADE BRASILEIRA! ALÉM DE SER ALTAMENTE EXPLORADA, A POPULAÇÃO AINDA "ARRUMA" MENÇÕES DE BOM HUMOR... NÃO É FANTÁSTICO?



CARTA ABERTA AO BRADESCO


Senhores Diretores do Bradesco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade. Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível, etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?

Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma "taxa de acesso ao pãozinho", outra "taxa por guardar pão quentinho" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco. Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho. Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de crédito" – equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pãozinho", que os senhores certamente achariam um absurdo e se
negariam a pagar.

Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de conta". Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao invés de um "por fora" temos muitos "por dentro".

- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.

- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".

- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os
juros (preços) mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quentinho".

- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.

Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas são uma imoralidade.

Brasília, 30 de maio de 2006.

Delman Ferreira
 
25 setembro 2006
 
"PERSONAGENS" DO MATTO DENTRO
 
TEM QUE MANDAR PRENDER UNS CARAS DESSES!!!

Asdrúbal Mendes (PMDB-PA)

O deputado federal enviou projeto de lei para a Câmara dos Deputados para suspender a criação e o funcionamento das Unidades de Conservação criadas pelo Governo Federal na Floresta Amazônica, no inínio deste ano. Segundo ele, a produção de soja está sendo prejudicada pelas medidas de preservação ambiental adotadas para as áreas que abrangem as UC’s.

Fonte: digitei do Jornal do Brasil - Ano 4 - Nº 56 - Setembro de 2006 - JB Ecológico: Edição Especial sobre Belo Horizonte e Ecolatina
 
 
"ATITUDE" NO MATTO DENTRO
 
ÓTIMA IDÉIA A SER SEGUIDA POR OUTRAS CIDADES, GRANDES OU NÃO!

O prefeito do Rio criou um sistema de crédito na qual é possível transformar sobras de alimento em moeda. Trata-se do "Sistema de Crédito Orgânico", onde o cidadão pode trocar resíduos naturais (borra café, cascas de ovos e verduras, talos de frutas, etc.) por frescos e orgânicos (lugumes e verduras). O objetivo do projeto é promover a reciclagem do lixo da Cidade Maravilhosa, reduzindo seu volume nos aterros sanitários, e aumentar a geração de renda das comunidades carentes associadas à rede de hortas.

Fonte: digitei do Jornal do Brasil - Ano 4 - Nº 56 - Setembro de 2006 - JB Ecológico: Edição Especial sobre Belo Horizonte e Ecolatina
 
 
"SORRINDO" PELO MATTO DENTRO
 
DIFERENÇAS ENTRE O BANHO DAS MULHERES E DOS HOMENS


O BANHO DAS MULHERES


-Tira a roupa e coloca no cesto de roupa suja, na seqüência do tamanho das peças.
-Vai para o banheiro de roupão.
-Cruza com o namorado/marido no caminho, cobre o corpo.
-Pára diante do espelho e analisa o corpo.
-Força a barriga para dentro.
-De costas, empina a bunda para verificar a celulite.
-Antes de entrar no box, organiza a toalha de rosto, a toalha de banho, toalha de mão...
-Lava o cabelo com xampu de abacate/mel com 83 vitaminas.
-Enxagua longamente.
-Repete o processo de lavar o cabelo com o xampu de 83 vitaminas.
-Enxagua longamente de novo.
-Enche o cabelo com condicionador de aveia e própolis com 71 vitaminas e deixa por 15 minutos.
-Lava o rosto com sabonete de calêndula por 10 minutos até que o rosto fique vermelho.
-Lava o resto do corpo com sabonete de alfazema e leite de cabra.
-Tira o condicionador do cabelo.
-Este processo leva 10 minutos.
-Ela deve estar segura que todo o condicionador foi retirado.
-Depila, cuidadosamente, as axilas, pernas e área do biquíni.
-Desliga a ducha.
-Escorre toda a água de dentro da ducha.
-Sai da ducha e se seca com uma toalha do tamanho da África Meridional.
-Enrola uma toalha super absorvente na cabeça.
-Revisa mais uma vez o corpo em busca de detalhes.
-Retorna ao quarto com o roupão e se encontra o namorado/marido, se cobre mais ainda e corre para o quarto.
-Uma hora e quarenta minutos depois, está vestida e pronta.

O BANHO DOS HOMENS:

-Tira toda a roupa sentado na cama e joga tudo no piso em frente.
-Cheira as meias e a cueca, para após lançá-las sobre o montinho formado.
-Vai pelado até o banheiro. Encontra a namorada/esposa no caminho, balança o pênis e imita um elefante.
-Pára defronte ao espelho para ver o físico.
-Encolhe a barriga.
-Faz pose de halterofilista.
-Checa o tamanho do membro.
-Por fim, coça o saco.
-Entra na ducha.
-Não se preocupa com toalhas.
-Se não tiver por ali uma de banho, vai se secar com a de rosto mesmo.
-Lava o rosto com a primeira coisa que encontrar.
-Mata-se de rir com o eco que faz quando peida dentro do box.
-Lava as partes privadas e redondezas. No processo, deixa pentelhos no sabão.
-Lava o cabelo com qualquer xampu.
-Não usa condicionador.
-Faz um penteado punk com a espuma.
-Sai da ducha para ver no espelho como ficou seu penteado punk.
-Morre de rir.
-Mija dentro do box.
-Faz toda a vizinhança ouvir quando assoa o nariz dentro do box.
-É outra imitação de elefante.
-Tira o xampu e sai imediatamente da ducha.
-Não se dá conta de que todo o banheiro está molhado, pois, tomou banho com o box aberto.
-Quase seco, pára outra vez diante do espelho.
-Contrai os músculos e revisa o tamanho do pênis.
-Coça o saco.
-Sai do banheiro e deixa a luz acesa.
-Deixa pegadas molhadas com espuma de sabão.
-Volta para o quarto.
-Encontra a namorada/esposa no caminho, volta a imitar o elefante.
-Chuta as roupas que estão no piso do quarto para um canto.
-Quatro minutos depois está vestido, pronto e perguntando se namorada/esposa ainda vai demorar muito.
 
 
ROBERT CRUMB
 
Blues


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JANIS JOPLIN
 
Live at Winterland '68


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23 setembro 2006
 
"ARTIGOS" DO MATTO DENTRO
 
Bioglobalização de pragas: espécies invasoras

Maria Regina Vilarinho de Oliveira
Pesquisadora, Doutora

As mudanças nos padrões de alimentação da sociedade moderna vêm contribuindo para a chamada "invasão biológica" ou seja, o surgimento de organismos em áreas onde não ocorriam. Define-se como invasão biológica ou organismos invasores quaisquer microrganismos (invertebrados), plantas e animais (vertebrados), introduzidos intencionalmente ou não, em novos habitats, causando danos econômicos, sociais e ambientais tanto nos diferentes ecossistemas como no setor sócio econômico de uma região. O termo "espécies invasoras exóticas" é, também, sinônimo de organismos invasores.

A entrada de um único organismo de efeito daninho em uma região pode causar um colapso econômico de efeito social devastador, em um país. Na história da humanidade, retrocedendo algumas décadas, apesar dos relatos de invasões biológicas serem esparsos, mostraram a seriedade do problema, seja na área humana, agrícola, florestal ou ambiental.

Na área da saúde humana, exemplos que não devem ser esquecidos, como a peste bubônica, causado pelo bacilo de Yersin, Pasturella pestis e transmitida por pulgas que vivem em ratos (Rattus rattus) se disseminou da região asiática para o norte da África, Europa e China, matando na Idade Média, um terço da população desses continentes; o vírus causador da varíola e do sarampo foi introduzido no hemisfério ocidental através de colonizadores europeus que praticamente dizimou os índios dos impérios asteca e inca. Além de outros como a tuberculose, a lepra, vírus da influenza, gonorréia, são alguns poucos exemplos a serem citados.

Na agricultura, a fome que assolou a Irlanda, em 1840, provocada pelo fungo, Phytophtora infestans, que ataca a batata. Além dos prejuízos causados aos agricultores da época, o maior agravante foi à perda de vidas humanas pela fome com estimativas de um milhão de pessoas. Outras (cerca de um milhão e meio) deixaram a Irlanda principalmente com destino à América do Norte, as quais também padeceram pela introdução do fungo naquela região. Outras espécies como as moscas das frutas, pulgões, cancro cítrico, foram, igualmente, responsáveis por grandes prejuízos em áreas agrícolas, citando alguns exemplos.

Entretanto, se em algumas centenas de anos atrás, as chamadas barreiras naturais formadas pelos oceanos, cordilheiras e florestas eram impedimentos da dispersão rápida desses organismos, no momento atual, o aumento da velocidade dos meios de transporte, do trânsito de bens de consumo e de pessoas vem facilitando, cada vez mais, o estabelecimento e domínio dos ecossistemas agrícolas, urbanos e naturais por diversas outras espécies.

Recentemente, a entrada de Anoplophora glabripennis, vulgarmente conhecido como besouro chinês e de Tonicus piniperda (besouro dos brotos do pinheiro), nos Estados Unidos, ocasionaram perdas econômicas superiores a US$ 10 milhões. Os danos ambientais provocados pelo corte de árvores em praças públicas e áreas de produção florestal são incalculáveis. Outras pragas como o mal-da-vaca louca, a gripe asiática do frango, a febre aftosa, o besouro asiático, a doença do carvalho, a dispersão do cancro cítrico e da mosca-branca, além de causarem perdas e danos na agropecuária, também contribuem para a formação de barreiras sanitárias ao comércio.

Numa busca para solucionar esses problemas, as comunidades científicas de vários países estabeleceram, em 1997, o Programa Global para Espécies Invasoras (GISP). O GISP foi estabelecido para lidar com o problema das espécies invasoras e dar suporte à implantação do Artigo 8(h) da Convenção da Diversidade Biológica. Ele é operado por um consórcio entre o Comitê Científico em Problemas Ambientais (SCOPE), CAB Internacional (CABI), União Mundial de Conservação (IUCN), em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP). Uma lista das cem piores espécies invasoras do mundo foi elaborada pela IUCN, como forma de alertar os países para a possível introdução de alguma dessas espécies.

Maria Regina Vilarinho de Oliveira
Pesquisadora, Doutora
e-mail: vilarinho@cenargen.embrapa.br
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/
 
 
"MATO" DO MATTO DENTRO
 
Comissão de Gestão de Florestas Públicas pede urgência na regulamentação da Lei de Florestas
23/09/2006

A Comissão de Gestão de Florestas Públicas apresentou na quinta-feira (21), em Brasília (DF), um calendário de atividades ao Serviço Florestal Brasileiro para a publicação do decreto que regulamenta a Lei Nº 11.284, sobre a Gestão de Florestas Públicas. O calendário propõe a realização de consultas públicas, audiências com especialistas e possíveis reuniões extraordinárias da Comissão para avaliação e elaboração do texto do decreto. A intenção é que a regulamentação seja publicada pelo Presidente da República ainda neste semestre.

A Comissão foi criada com a nova Lei de Florestas Públicas, Nº 11.284, e tem função consultiva junto ao Serviço Florestal Brasileiro. É formada por 24 representantes do setor governamental, empresarial e da sociedade civil organizada. Segundo Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, "o calendário é apertado, mas garante que todos os interessados participem das discussões de forma democrática e aprofundada". A previsão é que sejam realizadas audiências públicas em nove lugares diferentes, atendendo a todas as regiões do país.

Além do cronograma, os membros - que se reuniram pela segunda vez desde que a Comissão foi criada em março deste ano - aprovaram também o regimento interno. A próxima reunião está marcada para os dias 10 e 11 de outubro, quando vai ser apresentada e discutida uma versão preliminar do decreto. "Se conseguirmos cumprir o calendário e a Lei for regulamentada ainda neste ano, os primeiros projetos sustentáveis serão iniciados já em 2007", afirma Azevedo.

(Luiz da Motta/ Serviço Florestal Brasileiro/MMA)

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/
 
 
RARIDADES DA M.P.B
 
Sebastião Tapajós & Nilson Chaves - (1997) Amazônia Brasileira

Sebastião Tapajós

O violonista paraense Sebastião Tapajós tem estrada. Nascido em Santarém, na região amazônica, em 1944, o músico foi estudar violão no Conservatório de Lisboa aos 20 anos, seguindo para o Instituto de Cultura Hispânica de Madrid logo depois. Com mais de 25 discos publicados desde 1972, quando lançou "Brasil/El Arte de la Guitarra", Sebastião tem incluído em seu repertório ritmos populares e folclóricos brasileiros como o samba e músicas indígenas do Xingu. Regularmente ele tem se apresentado na Europa, tendo também já excursionado pelos Estados Unidos e Japão. Ao longo de sua carreira, o artista já tocou com nomes conhecidos da MPB como Hermeto Paschoal, Zimbo Trio, Waldir Azevedo, Paulo Moura, Sivuca, Maurício Einhorn e Joel do Bandolim.

Nilson Chaves

Natural de Belém do Pará, Nilson Chaves é, certamente, o representante contemporâneo mais ilustre da tradição musical amazônica. Mudou-se para o Rio em 1975, e desde então segue uma carreira que já dura mais de 25 anos e que lhe valeu alguns discos gravados – com uma indicação ao Grammy Latino – e parceiros de talento, como Chico César, Ney Matogrosso, Flávio Venturini, Joyce, Zé Renato, Danilo Caymmi, Sá e Guarabira e Zeca Baleiro. Apresenta-se nas principais capitais do país e já fez duas turnês pela Europa, impulsionado pelo seu maior sucesso "Sabor Marajoara".
 
 
"ECONOMIA" DO MATTO DENTRO
 
Pobreza caiu 19% no governo Lula, aponta pesquisa

Agência Estado
10:13 22/09

Entre 2003 e 2005, o Brasil viveu um 'segundo Plano Real' em termos de redução da pobreza. Essa é a conclusão de um estudo realizado por Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio. O trabalho de Neri, que será apresentada em detalhes hoje, foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, recém-divulgada.

Leia abaixo o texto

De acordo com Neri, a redução da miséria entre 2003 e 2005, de 19,18%, foi até ligeiramente maior do que a verificada entre 1993 e 1995, de 18,5%. A proporção de miseráveis caiu de 35,3% para 28,8% entre 1993 e 1995 e de 28,2% para 22,7% entre 2003 e 2005.

O economista da FGV observa que aqueles dois períodos estão separados por oito anos, de 1995 a 2003, de estagnação na diminuição da miséria, que se reduziu apenas de 28,8% para 28,2% da população.

O CPS usa uma linha de miséria própria, que se aproxima da linha de pobreza utilizada por instituições ligadas ao governo. O número de miseráveis em 2005, de acordo com a linha de pobreza do CPS, era de cerca de 41 milhões.

Para o cientista político Octavio Amorim, da FGV do Rio, a queda da miséria de 2003 a 2005 ajuda a explicar os excepcionais índices de intenção de voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva este ano, apesar dos muitos escândalos e denúncias durante a sua gestão. Para Amorim, existe de fato um paralelismo com os índices de popularidade de Fernando Henrique Cardoso no início do seu primeiro mandato, quando a pobreza também despencou.

Neri, do CPS, explica que a pobreza metropolitana e a rural tiveram evolução muito diferente de 1993 até hoje. Enquanto no campo a queda no número de pobres foi contínua e mais regular (embora mais rápida nos dois períodos de queda geral), nas metrópoles a oscilação foi muito grande, com grande melhora naqueles dois períodos e um aumento substancial nos dez anos de estagnação.

A miséria rural caiu 10% entre os anos de 1993 e 1995; 7,4% de 1995 a 2003; e 12,6% de 2003 a 2005. A proporção de miseráveis no campo era de 62,79% em 1993, caiu para 56,5% em 1995, para 52,31% em 2003 e para 45,74% em 2005.

Já no caso da miséria metropolitana, houve uma queda de 32% no primeiro período, um aumento de 41% no segundo e nova queda de 23,7% entre 2003 e 2005. O índice era de 22,16% em 1993, caiu para 15,07% em 1995, subiu para 21,25% em 2003 e voltou cair para 16,22% em 2005.

'Esses resultados mostram que houve uma grande crise metropolitana de 1993 a 2003', afirma Neri. Ele acha que as muitas turbulências financeiras e cambiais de 1995 a 2001 recaíram mais sobre as áreas metropolitanas, mais integradas financeiramente com o mundo e mais sensíveis aos impactos das altas taxas de juros.

Já as áreas rurais foram protegidas do impacto das crises pelas transferências crescentes das políticas previdenciárias e sociais, como aposentadoria rural, Bolsa-Família e os Benefícios de Prestação Continuada (BPC,voltados para idosos e deficientes).

Mesmo programas que não foram desenhados especificamente para o campo, como o Bolsa-Família e o BPC, atingiram inicialmente os pobres rurais e só agora começam a chegar com mais intensidade às grandes cidades, explica Neri.

Uma diferença ressaltada por Neri entre os dois períodos de queda da pobreza é que entre 1993 e 1995 o movimento aconteceu bem mais pelo lado do crescimento econômico, enquanto de 2003 a 2005 o principal fator foi a redução da desigualdade. No primeiro período, a renda média aumentou 24,77%, mais que o dobro dos 9,98% de 2003-2005. Em compensação, nesse segundo período a queda da desigualdade foi o dobro. 'Houve um crescimento mais modesto do bolo, mas com mais redistribuição', diz o economista.
 
22 setembro 2006
 
THE BEATLES II
 
Revolver (1966)


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Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band(1967)


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The Beatles (The White Album)(1968)


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Abbey Road(1969)


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Yellow Submarine(1969)


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Let It Be(1970)


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21 setembro 2006
 
THE BEATLES I
 
Please Please Me (1963)


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With The Beatles (1963)


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A Hard Day's Night(1964)


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Beatles For Sale(1964)


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Help!(1965)


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Rubber Soul(1965)


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20 setembro 2006
 
"CRÔNICAS" DO MATTO DENTRO
 
Um novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação

Por Millôr Fernandes

Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O.

L.I.V.R.O. representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado. É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!

Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantêm automaticamente em sua seqüência correta.

Através do uso intensivo do recurso TPA - Tecnologia do Papel Opaco - permite-se que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade!

Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.

Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.

Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima página. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, bastando abri-lo. Ele nunca apresenta "ERRO GERAL DE PROTEÇÃO", nem precisa ser reinicializado, embora se torne inutilizável caso caia no mar, por exemplo.

O comando "browse" permite fazer o acesso a qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com o equipamento "índice" instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.

Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você faça um acesso ao L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração.

Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.

Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O. através de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada - L.A.P.I.S. Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema já disponibilizaram vários títulos e upgrades utilizando a plataforma L.I.V.R.O.
 
 
"DESESPERO" DO MATTO DENTRO
 
Palmeiras brasileiras ameaçadas de extinção


Cerca de 11 espécies de palmeiras correm sério risco de extinção e duas já podem ser consideradas extintas do território brasileiro. Uma delas, Trithrinax schyzophylla (foto), ainda pode ser encontrada em estado nativo no território paraguaio. A outra, Butia leptospatha, não teve a mesma sorte. Coletada uma única vez no Brasil em 1936 e descrita em 1940, nunca mais foi encontrada em seu habitat natural no sul do Mato Grosso do Sul, uma vez que toda a vegetação do cerrado onde ela ocorria foi virtualmente varrida da região. Não há registro da existência de nenhum exemplar cultivado desta espécie em qualquer parte do mundo.

Fonte: http://www.plantarum.com.br/
 
 
"COLUNAS" DO MATTO DENTRO
 
América Latina


Data: 20/9/2006
Por Tatiane Oliveira, especial para a Envolverde

Energia, meio ambiente e responsabilidade social são alguns dos temas que estão esquentando a cidade de Belo Horizonte. Começou na última segunda-feira (18) e segue até quinta (21), a Ecolatina: 6º Conferência Latino-Americana sobre Meio Ambiente e Responsabilidade Social.

A conferência realizada no MinasCentro, está recebendo representantes de 13 países e tem em debate um tema de bastante relevância: as questões vinculadas ao desenvolvimento sustentável, com foco central em "Energia e Meio Ambiente: o desafio que temos pela frente".
A necessidade de mudança da matriz energética no Brasil é uma das mais aguardadas discussões do evento. Segundo especialistas, o país tem um enorme potencial para explorar fontes alternativas e renováveis, além de outros recursos no território nacional.

Para falar sobre o assunto, a Petrobras promove nesta quarta-feira (20) o seminário "Sustentabilidade Ambiental da Indústria do Petróleo, Gás e Energia" e traz nomes internacionais como Christopher Seiple, da Cambridge Energy Research Associates, para falar de energias renováveis.

Durante os quatro dias do evento, empresas como a Petrobras, Fiat, Arcelor, Companhia Vale do Rio Doce, Banco Real, Eletrobrás e outras estarão apresentando projetos e resultados de investimentos em ações de responsabilidades social ao público. A Ecolatina espera receber aproximadamente cinco mil pessoas.

(Agência Envolverde)
 
 
"ATITUDE" NO MATTO DENTRO
 
Narcocultura no lugar do narcotráfico


O baterista do Rappa, Marcelo Yuka, define como "Narcocultura" o trabalho que vem sendo realizado na favela de Vigário Geral, através do Centro Cultural Afro Reggae, que já conseguiu reintegrar nas escolas pelo menos 40 crianças que viviam nas ruas da comunidade, fortes candidatas a terminar no tráfico. "Estávamos gravando o primeiro disco e fizemos um workshop em Vigário, depois que filmamos um clipe com Bezerra da Silva na favela. Foi ali que tudo começou", conta Yuka.

Yuka e os integrantes do Rappa passaram a freqüentar a quadra de Vigário, ensinando às crianças as diferenças entre um baixo e uma guitarra e como tocar vários instrumentos. "A música mexeu com a auto-estima dos garotos, que antes só tinham a referência do tênis Nike nos pés dos traficantes. Eles viram que existia uma outra maneira de se sentirem queridos pela sociedade", conta o baterista. Ele acredita que existe uma saída para a violência. "Vigário é a prova viva, muito mais do que entidades como o Padre Severino. Aqui se vende outra viagem, através da cultura. Aqui se traficam música e informação, é uma boca de narcocultura", define Yuka, que depois de ter lançado o 3º CD da banda, Lado B/ Lado A leva sua bagagem musical para as vielas do Dona Marta.

LG, vocalista da banda Afro Reggae – que mistura samba, funk, soul e baião, já gravou um CD demo e fez shows na Europa –, faz coro: "Nossos amigos do tráfico usavam roupas maneiras. Aí a gente começou a ver o Rappa, que nos ensinou muita coisa, até o que era um sampler. Fomos batizados por Caetano Veloso e Regina Casé e a banda ganhou peso. Nossas letras falam da violência e do nosso dia-a-dia". A banda nasceu e o centro cultural Afroreggae não parou de crescer. Hoje o centro realiza gratuitamente oficinas musicais, cursos de teatro, capoeira e de confecção de instrumentos de percussão, com a ajuda de ONGs internacionais. "São pelo menos 400 jovens que passam por aqui por semana", diz LG, que também é um dos diretores do Centro.

Fonte: http://www.urbanawebsite.com.br/orappa/
 
 
DISCOGRAFIA
 
O Rappa


O Rappa surgiu em 1994 e tem uma história bastante curiosa. O regueiro Papa Winnie veio tocar no Brasil, mas não tinha uma banda que o acompanhasse. Às pressas, Nelson Meirelles, Marcelo Lobato, Alexandre Menezes e Marcelo Yuka se juntaram para acompanhar o jamaicano para uma série de shows pelo Brasil.

Depois das apresentações de Papa Winnie no Brasil os caras resolveram continuar juntos. Currículo não lhes faltava: Nelson foi produtor do Cidade Negra e de programas da Rádio Fluminense FM do Rio; Lobato, além de vários trabalhos como "free lancer", tinha feito parte da banda "África Gumbe"; Alexandre tocou com grupos africanos na noite de Paris; e Yuka fez parte do grupo de reggae KMD-5.

Mas para O Rappa estar completo ainda faltava um vocalista. Então, os quatro colocaram um anúncio em um fanzine carioca. Falcão o foi escolhido.

A banda começou a fazer um som roots, dub, reggae e rap e, a cada apresentação, conquistava uma porrada de fãs.

O passo seguinte foi a contratação pela Warner. O grupo gravou as músicas que já vinha mostrando nos shows e lançaram o disco "O Rappa".

Depois do cd chegar às lojas, chegou a vez de mostrar o resultado ao vivo. E a primeira oportunidade veio com o convite do Sunsplash Brasil, o maior festival de reggae da Jamaica, que teve sua versão no Brasil em 1994 (O Rappa foi o único representante brasileiro no festival).

Em 1996, os caras lançaram o seu segundo trabalho, "Rappa Mundi" - um sucesso de vendas.

Para compor o repertório do, além das canções próprias, os caras resgataram a música "Vapor barato" (de Wally Salomão e Jards Macalé) gravada originalmente por Gal Costa, em 1971, e "Ile ayê", de Paulinho Camafeu, conhecida na voz de Gilberto Gil. Fizeram também, uma versão do clássico "Hey Joe", de Jimi Hendrix. Isso sem falar na "Miséria s.a.", inédita do compositor carioca Pedro Luís, e "Óia o rapa", de Lenine e Sérgio Natureza.

As letras do Rappa, quase todas feitas por Yuka, têm um forte apelo político, estão sempre protestando contra a desigualdade social e retratando a vida de quem vive à margem da sociedade. Junto com a música, a banda desenvolve um trabalho em comunidades carentes, fazendo "workshops" de música em favelas, ensinado jovens a tocar instrumentos, tentando assim tirá-los da marginalidade. De três em três meses o Rappa analisa os projetos que chegam até eles. Pegam a grana que eles têm no momento e investem em um.projeto.

Em 1999, o grupo lançou o terceiro álbum, "Lado B Lado A". A música "Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)" foi a primeira a fazer sucesso e o videoclipe, feito por Kátia Lund e Paulo Lins (autor do livro "Cidade de Deus"), encenou com muito realismo uma briga entre moradores da favela e a polícia.

No final de 2000, Marcelo Yuka foi baleado em um assalto e ficou paralítico. Nem por isso parou de trabalhar. Cada vez mais recuperado, Yuka continua escrevendo e traduzindo as idéias da banda da melhor maneira possível. Além disso, está fazendo a trilha para um filme de Paulo Lins e Breno Silveira sobre o Comando Vermelho, chamado "A Historia de Dé".

"Instinto Coletivo" é o nome do mais recente trabalho d´O Rappa. Trata-se de um CD duplo ao vivo, feito em Porto Alegre, com 16 faixas gravadas no começo do ano 2000 e complementado por cinco faixas de estúdio. "Podíamos ter melhorado tudo no estúdio, dar uns retoques, mas a gente preferiu manter a espontaneidade, não tinha porque fazer diferente do que foi registrado ao vivo", diz Xandão.

Este trabalho vem com mais cinco faixas inéditas gravadas em estúdio. Duas delas com participações especiais: "R.A.M." remixidado pelo Asian Dub Foundation e "Ninguém Regula a América" com o Sepultura. "O Sepultura ouvia "Lado B Lado A" e Derick teve a idéia de chamar o Falcão para fazer uma participação no disco deles, o "Nation". Não deu tempo para fazer isso no "Nation", mas deu tempo no nosso. Temos uma afinidade sonora, de atitude e pessoal, porque eles são muito íntegros. Ficamos bem a vontade para trabalhar com eles", conta Yuka.

Mesmo tendo lançado um álbum com poucas músicas novas, o Rappa garante que tem material de sobra para trabalhos inéditos. "Temos muitas sobras, para vários discos. A maior parte do tempo o Rappa está viajando, mas bolei para isso uma forma de gravar tudo o que a gente faz, não interessa onde a gente esteja. Gravamos em todos os formatos, dat, MD e até na secretária eletrônica de casa", diz Lobato.

Formação:

Marcelo Falcão: voz
Xandão: guitarra
Lauro Farias: baixo
Marcelo Lobato: teclados
Dj Negralha: Pick-up
Marcelo Yuka: letras

Fonte: http://www.urbanawebsite.com.br/orappa/


 
 
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